segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Sem raizes
Por muito tempo me senti uma estranha por não conseguir me fixar em lugar algum. Passei os últimos cinco anos da minha vida mudando de lá pra cá, sem me sentir fazendo parte de nada. Hoje, quase um ano enraizada num trabalho, em uma cidade, começo de novo a sentir aquele formigamento, aquela vontade de recomeçar. Como posso me sentir tão insatisfeita que preciso ficar mudando tanto? Foi aí que comecei a perceber outro foco da minha inquietação. Percebi que não sou estranha, somente tenho vontades pouco comuns para alguém que está chegando aos 30 mas que isso também não me defini de forma definitiva. Eu sou parte de um todo. Quero estar em vários lugares, conhecer várias pessoas, trabalhos e cidades. Não sou daquelas que quer ser boa em uma coisa específica: eu nem quero ser boa e muito menos ter uma especialidade. Eu quero de tudo um pouco até eu não querer mais. Por isso dessa vez eu vou, de novo e novamente, mas deixo a culpa para aqueles que gostam de raizes.
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