quinta-feira, 27 de maio de 2010
Estigma
Se eu soubesse que ser psicóloga me traria tanto peso eu teria feito qualquer outra coisa menos psicologia. Amigos, mas principalmente a família pensam que porque fiz psicologia tenho todas as respostas do mundo. Desde o porquê das pessoas se meterem com drogas, até o porquê dos filhos não respeitarem os pais. É como se eu tivesse um posinho mágico que com uma pitada dele faço todos os problemas desaparecerem. O médicos são conhecidos por se acharem deuses, mas na verdade mesmo os deuses são os psicólogos. Claro que isso é meramente a opinião da população, excluindo, obviamente, os meus companheiros de profissão, que acredito serem os únicos a me entenderem. Além do mais, tendo eu, como psicóloga, a resposta de todas as perguntas e a solução de todos os problemas estou vedada do direito de eu, como pessoa, a ter problemas, ter dúvidas, de fazer as coisas erradas, de ter dificuldades de relacionamento, ou até mesmo de não saber o que fazer em determinada situação e muito menos de chorar por desespero. Afinal de contas eu estudei 5 anos pra quê? E sendo psicóloga como posso ter problemas, hã? Quem nunca ouviu também aquela pergunta fatídica: "Você é psicóloga? Nossa então vai ficar me analisando?". Aí as pessoas vem dizer que todos os psicólogos (as) são loucos (as), que fazem psicologia para se curar e entender os próprios problemas. Quem na nossa situação não ficaria louco tendo que ser perfeito? Mas isso é somente uma questão de defesa (Freud explicaria bem isso) ou esquiva (claro que tenho que propor a idéia de Skinner), porque somente nos comportando como loucos é que podemos expressar um pouco de nossa emoções e sermos, por alguns instantes, como qualquer outro ser humano.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Eu devia estar feliz, mas uma tristeza me invade com uma força desbravadora. Posso dizer que essa tristeza vem da pressa e da inquietude de minha alma que não se satisfaz com aquilo que tem. É a mesma luta de sempre, o paradoxo de querer que o tempo passe e não passe, querer que o sucesso aconteça rápido. Até onde isso irá? Terá um fim? Ou a cada passo, a cada ciclo, a cada conquista virão sempre novas inquietudes? Até qu ponto tudo isso é saudável e parte da natureza humana? São tantas as perguntas e nenhuma resposta....Afinal de contas o que é que eu procuro?
terça-feira, 25 de maio de 2010
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Desapego
Cada vez fica mais difícil dizer Adeus. Por enquanto eu sempre sabia que haveria uma volta, mas a cada ida a volta fica mais distante. É preciso me desapegar, saber que a qualquer momento não haverá mais almoços, não haverá mais pulos descontrolados na sala, um cochilo gostoso na cama imensa. Não haverá mais sorrisos, mais consolos, um chopp no final da tarde. Só restarão as lembranças, as mais doces, com certeza, de uma companhia e sincronicidade inexplicáveis, de um tempo que eu aprendi o que é dividir, o que é realmente gostar e querer o bem, de um tempo que eu não queria que acabasse nunca!
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Pela primeira vez em alguns anos olhei para as minhas fotos sem mágoas, sem rancor, sem arrependimentos, sem choro. Pela primeira vez, olhei para elas com apenas saudades e como parte de uma história. Uma história como qualquer outra, com alegrias, tristezas, sofrimento, perdas e conquistas. Uma história que ainda não teve um final feliz, mas que com certeza tem ingredientes suficientes para ser uma boa história. Pelo menos para mim né!
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