quinta-feira, 28 de maio de 2020
Às vezes são tantas coisas para dizer, mas ao mesmo tempo são tantas coisas surreais que estão acontecendo que minha cabeça gira em uma velocidade que nem eu mesma consigo acompanhar. Os dias vão passando e eu tenho tentando segurar essa barra, sempre consciente dos meus privilégios, sabendo que tem gente numa situação 100 vezes pior, mas que ainda consegue olhar para tudo e abrir um sorriso. Eu não abro mais sorrisos, só consigo derramar lágrimas para tudo, cada morte, cada texto, cada suspiro de desespero e de falta de esperança, cada derramamento de sangue. Eu sempre fui muito positiva, sempre tive algo a dizer para alguém que estivesse triste, mas hoje simplesmente não consigo me convencer de que as coisas ficarão melhor, de que a humanidade dará certo. Não sei o que aconteceu, se foram as decepções decorrentes da vivência, dos pontas pés, das traições vividas, da falta de cuidado, de ver tanto descaso com tanta gente...sei lá...não dá pra saber quando tudo parou de valer a pena, só sei que tem sido dias difíceis de seguir, levantar pela manhã sabendo que tudo estará do mesmo jeito ou pior. Que as pessoas ainda estão cegas por ídolos que desfazem delas em rede nacional e elas aplaudem. Não dá mais pra ver sonhos serem destruídos e a gente simplesmente se calar. Tô cansada de ver dores serem motivos de piada para alguns, eu simplesmente não suporto mais ver, sentir dor e não saber o que fazer. Porque nunca senti que por mais que eu fizesse estava fazendo o suficiente, nunca será e eu não tenho a minima ideia do que fazer. Só penso, milhões de vezes, que nem queria estar aqui, que preferia ser feita do nada. A dor e a tristeza são tanta que mesmo já ter tido insuperáveis momentos felizes eles parecem não serem suficientes para aguentar qualquer dor, mesmo a mais simples. E é tão frustrante me sentir assim, ao mesmo tempo que vejo tantas pessoas se movimentando, tentando fazer algo e eu aqui paralisada no tempo, esperando sabe lá Deus o quê. Eu tenho relutado, mas vou voltar a rezar para que Deus me leve daqui, do outro lado as possibilidades são maiores...
sábado, 2 de maio de 2020
Bodas de estanho
Mergulhada nas lembranças me dei conta de que muitas delas vinham do ano de 2010, um ano de muitos acontecimentos fortes e marcantes, por isso resolvi celebra-las, mesmo que nem todas tenham sido boas, todas elas me transformaram e me fizeram que eu sou:
* Há dez anos tive minha primneira grande perda, Tia Vera faleceu de câncer bem no inicio do ano;
* Há dez anos, no dia seguinte do velório da Tia Vera deixei Londrina, a cidade que mais amei morar;
*Há dez anos entrei no face, a rede social revolucionária da época;
* Há dez anos umas das minhas melhores amigas se casou;
* Há dez anos para chegar ao casamento da minha amiga andei de avião pela primeira vez;
* Há dez anos comecei esse blog, do qual só 3 pessoas no mundo tem conhecimento (as quais já nem devem lembrar mais);
* Há dez anos foi a última vez que apresentei um namorado para a família;
* Há dez anos mudei para o interior do Ceará;
* Há dez anos defendi minha dissertação de mestrado e o mais importante
* Há dez anos ganhei o primeiro melhor presente da vida: minha sobrinha Sofia, o segundo melhor presente viria dois anos depois!
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