segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016
Ciclar
Eu sempre li que fechar ciclos era importante, até saudável, mas o que venho aprendendo com a minha própria terapia é de que eu tenho uma necessidade imensa de ciclar, e de que ela não é nada saudável. Estou tendo dificuldades de aceitar isso, sempre foi tão incrivel começar do zero, largar tudo e todos, experimentar o novo, ser desafiada, me aventurar no desconhecido, sempre fui definida como corajosa pelas minhas atitudes, mudar nunca foi problema pra mim. Agora, há 3 anos estou experimentando o novo para mim, que é me estabilizar, ficar, criar raizes, reiventar o conhecido, vou dizer: não está sendo nada fácil! Já reinventei-me algumas vezes aqui, e cheguei a acreditar que poderia ser igual a todos que estava chegando o tempo de dizer que aqui era o meu lugar, que eu pertencia, mas não...talvez eu nunca possa pertencer a um lugar, eu sou de todos, sou do novo, do que não tem rotina, do que precisa de vida nova pra se adaptar, sou de ciclos e vou dizer, estou prestes a ciclar de novo! É só esperar pra ver...
As dores de uma amor que não vem
Será que todos os amores que me deixaram devastada foram realmente amores? Da minha parte me entreguei de corpo e alma e tudo que recebi foram dúvidas, promessas não cumpridas, desejos abertos sem se concretizarem... feridas que não cicatrizam, que se mostram de tempo em tempo me fazendo acreditar que não sou digna de um amor que me caiba. Fico a espera de alguém que me aceite com todos os defeitos, incertezas e inconstâncias que vivo sendo quem sou. Me forço a acreditar que todas as paixões foram reais e que se não puderam ter sua continuidade simplesmente não era para ser....mais quem estou querendo enganar? A mim mesma? Pois precisa fazer melhor que isso....Não sei o que dizer, mas desejo, amor, que você chegue logo, pois não só estou deixando de acreditar como estou tendo certeza de que se você existe não foi feito pra mim, o porquê é que nunca vou saber!
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016
Desancorar
De todos os meus mais profundos desejos o que não me deixa dormir é a violência que se traduz na dor, no desamor, na intolerância, nas brigas de egos, nos desencontros, nas conversas que são ditas mas não escutadas. Estamos todos em nossas ilhas achando que estamos construindo pontes, mas na verdade só construimos muros, cada vez mais altos que não nos permite enxergar o outro e muito menos a nós mesmos. Sinto me cada dia mais desconectada da vida do que me fazia viver. Minha âncora se afundou tanto que não posso mais vê-la, mais senti-la. Não há nada que me prenda aqui, minhas esperanças diminuem a proporção que cresce o meu não querer. Falta-me amor, falta-me paciência e chego a pensar que me falta fé, por não acreditar que algo diferente possa ocorrer comigo. Não me sinto merecedora de qualquer amparo.
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