terça-feira, 29 de novembro de 2016
Sobras
Não sei quantas vezes já chorei sentindo sua falta, pensando e imaginando onde poderiamos ter chegado se eu tivesse buscado minha cura antes. Fico constantemente achando que ninguém será como você, que talvez eu tenha que viver somente comigo mesma, como um castigo por não ter aprendido com você a ser feliz sozinha. É dificil dizer e admitir que estou bem por você ter seguido em frente, por estar fazendo tudo que deveriamos fazer juntos. Você nos jogou fora, deve ter sido dificil, quem sabe? Mas você não olhou para trás, não deu chance para que houvesse provas de que não era para ser, se fechou, calou-se no seu silêncio e nem sobras do que fomos restou. Tudo está tão distante que por vezes não me lembro seu nome, como tudo começou, mas principalmente porque tudo terminou...
segunda-feira, 25 de julho de 2016
A balança
A base da vida: Escolhas e consequências. O tempo todo estamos fazendo escolhas e colhendo as consequências, mas será que conseguimos assumir verdadeiramente nossas escolhas como nossa responsabilidade? Se sua resposta foi sim, Parabéns, você acaba de iniciar sua caminhada para alcançar a maturidade. Mas não se engane, ainda é preciso muito mais do que assumir sua responsabilidade diante de suas escolhas, é preciso comprometimento, comprometimento com a sua vida e com a do seu próximo. Por isso, antes de fazer uma escolha pense bem que danos ela pode causar, pra você e para o seu próximo. Avalie bem se suas escolhas são extremamente egoístas, ou se ela leva em consideração o outro. Tudo deve estar em equilíbrio, se a balança pender mais para um lado do que para o outro você pode estar em sofrimento ou fazendo alguém sofrer. Penso que o dia que chegarmos ao perfeito equilíbrio da balança, esse será o mundo perfeito! Mas a dúvida fica: será que conseguimos?
quarta-feira, 29 de junho de 2016
Você
É, hoje estou escrevendo pra você. Você mesmo que já fez parte da minha vida, que trombou o meu caminho e que comigo dividiu grande emoções, sejam elas boas ou ruins. Escrevo porque gostaria de declarar meu amor por você e pelo que vivemos, dizer que sinto sua falta e que você estará sempre em meus pensamentos, em minhas lembranças, na minha saudade, mesmo que hoje a gente não se fale mais, não se veja mais, gostaria que você soubesse que EU TE AMO. Amo pelo bem que me fez, pelo tempo em que tivemos juntos, por dividir comigo momentos importantes, pelas risadas, pelas conversas, pelas cervejas e com certezas pelos vexames que fiz você passar. Quero aproveitar para me desculpar se por algum motivo te feri sem perceber, desculpe se alguma vez te magoei com toda a minha carência, minhas imposições, meus desejos e minhas reclamações. Me desculpe se fiz você se sentir mal, se te fiz acusações levianas só por querer estar mais com você e não saber dizer isso de forma clara, objetiva e sem mágoas. Obrigada pelo crescimento, pelo carinho, pela parceria, pelos desejos compartilhados, pelas loucuras declaradas até mesmo pelos sonhos não realizados. Se tivemos nossos caminhos cruzados algum motivo especial existiu e embora tal motivo possa nunca ter sido dito, descoberto ou mesmo questionado, agradeço por ele ter existido, pois sem você minha história não seria a mesma. Pode ser que nossos caminhos já tenham se desvencilhado e isso com certeza me deixa triste, mas não acredite que não penso em você, pois eu penso, seja você quem for, se te namorei, se te conheci em uma de minhas buscas por este Brasil, se tivemos uma longa amizade ou seja ela curta ou se você é meu familiar, e ainda assim não temos muito contato. Cada um que passa por mim não me passa despercebido, e nunca passará. A falta que cada um me faz é a minha dor diária e o meu desafio de vida elaborar cada partida, cada ausência. Não sei se um dia conseguirei, mas luto para que a dor se torne, ao menos, suportável...
segunda-feira, 27 de junho de 2016
UM SÁBIO CHAMADO TEMPO
por Viviane
Era uma vez um sábio chamado Tempo. Tempo era tão culto e erudito que, nos quatro cantos do mundo, era conhecido como o Senhor da Razão. Tempo não falhava. E também não faltava. Não falhava porque, mais dia, menos dia, as coisas confiadas a ele sempre acabavam por acontecer. E não faltava porque nunca se recusou a estar à disposição das coisas e das pessoas. Entretanto, apesar de sua notável perfeição e sapiência, Tempo nunca foi um ente muito bem compreendido e parte disso sempre se deveu à dificuldade de aceitar que, contra ele, não existem argumentos ou ações. Tempo é soberano e é praticamente intransponível.
Em um certo sentido, Tempo tem sido acusado de ser cruel e implacável. Através de seus olhos, é possível observar-se a beleza, a saúde e a vida se esvaindo até seu completo desaparecimento. E não há ninguém, nem ciência e nem religião, capaz de deter esta força. Questionado sobre tais angústias humanas, Tempo tem se limitado a responder que as coisas simplesmente são assim. E são assim porque nada no mundo é estático e porque o fluxo da vida segue em uma direção de mão única. Cada célula dos nossos corpos encontra-se em processo de envelhecimento desde ao menos o dia do nosso nascimento. E, se é assustador pensar assim, serve de alento o fato de que esta é uma verdade fisiológica universal, comum a todos os seres vivos.
Tempo tem explicado que, na vida, as coisas tem um começo, um meio e um fim e que acontecem como têm que acontecer, por razões muito intrincadas e complexas relacionadas com esta enorme teia de interações que rege o universo. Sendo assim, por mais que alguém se esforce, é impossível apreendê-las e retê-las.
Mas Tempo tem também um lado muito benevolente. É por meio de sua ação que a maior parte do sofrimento humano transforma-se em mera lembrança e é pela graça de suas mãos que uma enorme gama de problemas acaba se resolvendo de uma forma bastante natural e quase milagrosa. Tempo é curativo, eficiente e aliviador. Basta ter paciência, o que, entretanto, não parece ser muito fácil.
Em meio a dores e inquietações, o homem tem pressa em entender o que com ele se passa. Quer saber porque algo aconteceu ou deixou de acontecer, principalmente quando o resultado esperado não é atingido. Quer saber porque caiu, perdeu, fracassou, faliu, foi traído, foi trocado, foi ofendido, foi magoado, foi agredido, foi desrespeitado. Ingenuamente, procura conselhos e respostas imediatas. Ele ignora que a compreensão exata dos acontecimentos depende do Tempo. Após repetidas experiências, deveria ter a humildade de aceitar este postulado universal e simplesmente saber esperar.
Tempo também foi indagado sobre estas questões e sobre o funcionamento deste mecanismo. Ele ilustrou da seguinte maneira: “Imagine que você estivesse observando um enorme tabuleiro. Você concorda que seria possível, ao observador, explicar e prever as interações, os encontros e as quedas de cada um dos pequenos seres que caminham sobre a superfície? Ter esta visão é como conhecer o passado, o presente e o futuro”.
Nós, seres humanos mortais, não possuímos este dom, pois fazemos parte deste tabuleiro. Nossa visão é muito parcial e limitada e não conseguimos olhar em todas as direções com o alcance necessário. Somos tão minúsculos em meio a aquela teia que nunca chegaremos a compreender todas as causas, consequências e condições.
Há, porém, a possibilidade de algumas respostas. Aguardando o necessário, poderemos olhar para trás e então, já com um certo distanciamento, conseguiremos ver com alguma clareza os caminhos percorridos até um determinado resultado. Esta é a bondade do Tempo. Se ele não nos confere a dádiva de antever o futuro, ao menos nos concede meios de compreender o passado e, consequentemente, o presente.
Se hoje você tem questões não respondidas, aguarde mais um pouco. Seja gentil com você mesma e com o Tempo. Não se agrida, não se torture, não se esgote. As respostas possíveis virão quando você tiver caminhado mais além e quando houver subido a montanha que lhe fará enxergar melhor os rastros da sua existência. E quando você tiver alcançado o topo de sua fé e da sua alegria, o Tempo, em sua ação que nunca falha, trará a cura e erguerá, com suas asas, o véu de muitos mistérios.
quarta-feira, 8 de junho de 2016
Solidão
Não sei quantas vezes desde que tudo aconteceu achei e acho que vou enlouquecer, ela vem me levando a um caminho desconhecido onde eu não mais me reconheço. Ela me agarra pelos braços e me leva, antes que eu perceba já estou abraçada aos seus prantos, ao seu desejo de me levar só pra ela. E a cada dia mais ela me conquista: ao chegar em casa e vê-la ali, a flertar comigo, como se ninguém mais precisasse existir além dela e de mim. E com ela que esqueço de tudo e não desejo mais nada. É ela que me traz um aconchego mais desconcertante, mais desassossegado, é ela que me afasta do mundo, das pessoas, do querer, com ela não vejo mais razão para nada, inclusive viver. É ela quem está comigo todo o tempo, dorme, acorda, toma banho. É ela quem me da o ombro para chorar, afaga meus cabelos e sussurra dizendo que tudo acabará: toda dor, toda felicidade, toda saudade, toda angustia....é ela que segura minha mão, que me dá conselhos que me põe em seu colo. É ela que está por mim e mais ninguém e é com ela que decidi ficar, para todo o sempre até o fim, se é que o fim existe!
terça-feira, 15 de março de 2016
"Não, não busco mais perfeição. Busco quem também suavize meus pesos e releve meus erros que se multiplicam sempre em tantos e tantos e tantos. Não, não mais me distraio tanto com os errados enquanto não me chega o certo. Quero estar com os olhos bem abertos e o pátio do meu coração bem limpo para convidá-lo ao centro, quando o encontrar por perto."
Diego Engenho Novo
domingo, 13 de março de 2016
Deixa o mundo pra lá....
Deixa o mundo pra lá, menina! Vem ver como aqui é tudo mais lindo, mais fácil, sem sofrimento. Se você vier eu prometo que não sentirá mais esse vazio aí e nem saberá mais o que é a solidão. Vem pra cá que aqui é tudo feito de vida e de realidade, aqui ninguém brinca com os seus sentimentos, ninguém deixa você no silêncio, ninguém aqui ilude você. Vem já pra cá, aqui não precisamos ser os melhores, só precisamos querer o bem. Aqui não precisamos de dinheiro, status ou estarmos certos, basta amar e ser amado. Aqui você não saberá o que é o egoísmo, inveja ou dor. Você verá apenas flores, beleza e saberá, finalmente o que é amar e ser amada, sem o risco de perder isso por qualquer defeito ou erro que tenha cometido. Sei que você gostaria de estar aqui agora, sei que essa é sua oração mais secreta e sei que um dia ela será atendida. Mas para estar aqui, você precisa primeiro viver aí...
terça-feira, 8 de março de 2016
Amores e desamores
A gente vive sonhando com os amores, mas por algum motivo sem se saber eles se tornaram tão inalcançáveis que só atingimos os desamores. As pessoas vivem querendo se encontrar, mas só se desencontram. O que será que anda acontecendo? Por que está quase impossível amar sem complicação, com leveza. Por que a gente anda se evitando tanto, querendo ter o que não somos? E o amor que persiste em virar desamor, parece uma teimosia, birra de criança...ah amor se você chegar, juro que dessa vez você não vai se transformar em desamor, dessa vez eu me recuso a permitir...
segunda-feira, 7 de março de 2016
Diálogos escondendo Monológos
Por um momento de lucidez percebi que faz tempo que não consigo ter diálogos em meus relacionamentos amorosos. Normalmente me deixo enganar e quando me vejo já estou num monologo achando sempre que resolverá o meu problema de não entender o que não deve ser entendido. Estou cansada de palavras não ditas, de razões não explicitadas, do silêncio que me corrói. Por que é tão difícil dizer o que sente, o que se quer, ou o que não se quer? Por que se esconder atrás de um silêncio que deixa dúvidas, incertezas e relações mal acabadas? Por que construir uma ponte na qual não se tem intenção de passar? Mas será que é apenas isso mesmo que me impede de seguir? Que obsessão é essa também por cavar e tentar entender o que deu de errado, se o fato que conta é sempre a ausência? E não há explicação suficientemente boa para a ausência, não para quem ama mais do que deveria...
domingo, 6 de março de 2016
Odeio te amar
Eu tenho tanta raiva de mim, pelas diversas vezes que tentei me aproximar de você e cada uma delas você se afastou mais. O pior é que não me fez crer que não há mais amor, mas medo, medo de que a gente se decepcione de novo, um medo irracional que não permite que a gente viva o amor que ainda existe em nós. E não me venha dizer que é apenas um carinho. Assim como eu, você nunca conseguiu colocar uma pessoa no meu lugar, ninguém conseguiu entrar no seu coração como eu entrei. Por que continuar evitando o fato de que talvez tenhamos nascido um para outro? De que deveriamos nos dar mais uma chance, mas não, você se deixa dominar pelo medo e me afasta. Estou cansada dos seus "nãos", por mais que eu deseje você não sei mais como agir e se devo agir, você arrancou todas minhas esperanças, e assim....chorando por ti, te odiando por nos evitar eu passo os dias, lembrando que talvez pudessemos estar bem melhor do que estamos. E eu sigo odiando te amar...
sexta-feira, 4 de março de 2016
Sobre o tempo
Últimas palavras da sábia Dona Iná sobre o tempo "Quem teve o privilégio de viver muito sabe que o tempo é um mestre muito caprichoso, suas lições são tão repentinas que quase nos afogam outras vezes elas se depositam devagar como a conta gotas diante da avidez de nossas perguntas e por isso quem teve o privilégio de viver muito tempo aprende a olhar com serenidade o turbilhão da vida, amores ardentes se extinguem, urgências se acalmam, passos ágeis ralentam, tudo muda, muda o amor, mudam as pessoas, muda a família, só o tempo permanece do mesmo modo, sempre passando....Um brinde ao tempo que esculpiu no meu rosto e na minha alma a sua marca da qual eu tanto me orgulho!"
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016
Ciclar
Eu sempre li que fechar ciclos era importante, até saudável, mas o que venho aprendendo com a minha própria terapia é de que eu tenho uma necessidade imensa de ciclar, e de que ela não é nada saudável. Estou tendo dificuldades de aceitar isso, sempre foi tão incrivel começar do zero, largar tudo e todos, experimentar o novo, ser desafiada, me aventurar no desconhecido, sempre fui definida como corajosa pelas minhas atitudes, mudar nunca foi problema pra mim. Agora, há 3 anos estou experimentando o novo para mim, que é me estabilizar, ficar, criar raizes, reiventar o conhecido, vou dizer: não está sendo nada fácil! Já reinventei-me algumas vezes aqui, e cheguei a acreditar que poderia ser igual a todos que estava chegando o tempo de dizer que aqui era o meu lugar, que eu pertencia, mas não...talvez eu nunca possa pertencer a um lugar, eu sou de todos, sou do novo, do que não tem rotina, do que precisa de vida nova pra se adaptar, sou de ciclos e vou dizer, estou prestes a ciclar de novo! É só esperar pra ver...
As dores de uma amor que não vem
Será que todos os amores que me deixaram devastada foram realmente amores? Da minha parte me entreguei de corpo e alma e tudo que recebi foram dúvidas, promessas não cumpridas, desejos abertos sem se concretizarem... feridas que não cicatrizam, que se mostram de tempo em tempo me fazendo acreditar que não sou digna de um amor que me caiba. Fico a espera de alguém que me aceite com todos os defeitos, incertezas e inconstâncias que vivo sendo quem sou. Me forço a acreditar que todas as paixões foram reais e que se não puderam ter sua continuidade simplesmente não era para ser....mais quem estou querendo enganar? A mim mesma? Pois precisa fazer melhor que isso....Não sei o que dizer, mas desejo, amor, que você chegue logo, pois não só estou deixando de acreditar como estou tendo certeza de que se você existe não foi feito pra mim, o porquê é que nunca vou saber!
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016
Desancorar
De todos os meus mais profundos desejos o que não me deixa dormir é a violência que se traduz na dor, no desamor, na intolerância, nas brigas de egos, nos desencontros, nas conversas que são ditas mas não escutadas. Estamos todos em nossas ilhas achando que estamos construindo pontes, mas na verdade só construimos muros, cada vez mais altos que não nos permite enxergar o outro e muito menos a nós mesmos. Sinto me cada dia mais desconectada da vida do que me fazia viver. Minha âncora se afundou tanto que não posso mais vê-la, mais senti-la. Não há nada que me prenda aqui, minhas esperanças diminuem a proporção que cresce o meu não querer. Falta-me amor, falta-me paciência e chego a pensar que me falta fé, por não acreditar que algo diferente possa ocorrer comigo. Não me sinto merecedora de qualquer amparo.
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