segunda-feira, 23 de julho de 2012

Hoje faço destas as minhas palavras...

Parece que jamais serás a mesma e que nada mais terá sentido como antes, mas assim como é líquida essa tristeza, essas águas são dinâmicas e fluidas.Então deixa que as coisas se renovem, e que as perdas tenham mais de um sentido, que os vazios te ofereçam mais espaço, pra que a vida te compense com o impossível.E permita que a alegria se aproxime, e que traga mais calor para os teus dias, quando tudo nos parece um desolo, é possível ainda assim, ser poesia.
Seja forte, siga em frente, respire fundo, e perceba a importância de se ter braços vazios, pra que se possa ter espaço em si para abraçar o mundo.
Marla de Queiroz

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Conselhos de Don Juan


“Você é cheio de besteiras! A morte é a única conselheira sábia que possuímos. Toda vez que sentir, como sente sempre, que está tudo errado e você está prestes a ser aniquilado, vire-se para a sua morte e pergunte se é verdade. Ela lhe dirá que você está errado; que nada importa realmente, além do toque dela. Sua morte lhe dirá: ‘Ainda não o toquei.’” 


"Um guerreiro é também um caçador, e calcula tudo. Isso é controle. Uma vez terminados os cálculos, age. Deixa-se ir. Isso é desapego." Don Juan

Pena que por enquanto eu sou só um homem comum...

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Ela tentava enlouquecidamente se controlar.
Passava as noites aos prantos pedindo a Deus para ser uma pessoa melhor.
Pedia também que a levasse junto à Ele.
Sabia que estava pedindo muito, mas era tudo o que ela conseguia querer naquele momento.

Outro dia chegava, o sol se levantava e
Seu rosto inchado a delatava,
Mas todos a olhavam e não diziam nada

Alguns podiam ver seu sofrimento
Outros sofriam a mesma dor,
Mas ninguém dizia nada.

Outro dia acabava e junto a solidão vinha a seu encontro,
Era sinal de que tudo se repetiria,
As orações em pranto,
A dor do vazio,
O sentimento de não pertencer aquele mundo.

Até quando isso iria continuar?
Ela não sabia,
Mas a esperança de que algum dia ela poderia compreender,
Compreender todo o seu vazio e todos os seus porquês
A faziam continuar...

O grande amor

O que é o amor? - perguntava ela
Todos olharam um pouco surpresos pela pergunta naquele momento inusitado.
Alguns tentaram responder com o que já haviam vivido, outros preferiram não responder.
Você já viveu um grande amor? - insistia ela
Mas oras o que quer ela com essas perguntas?
Mais uma vez alguns responderam, com  receio, por que ninguém sabe ao certo a resposta correta.
Ela observava as respostas de cada um olhar enigmático, como se tentasse encontrar alguma que a satisfizesse.
Mas por que a pergunta? queria eu saber.
Ao que parece, ela, que viveu um único amor, queria ter certeza de que este era seu grande amor.
Como saber?
Não há como, nem mesmo sabemos se este grande amor realmente existe, mas creio que é a sua busca que talvez nos permita sonhar um pouco mais.