quarta-feira, 18 de abril de 2012

Desesperança

Hoje foi um daqueles dias...

Dias em que tudo não faz sentido. Meu trabalho, meus colegas, meus amigos, meus relacionamentos, o ar, o caminho, a estrada, o bom dia, a rotina, a cama, o namoro, o casamento, os filhos, a discórdia, o amor, a paz, o livro, o conhecimento, a religião, as contas, o dinheiro, a falta de dinheiro, o carro, a preocupação, o egoísmo, a distância, o medo, o sonho, a coragem, o apego, o desapego, a conquista, a perda, os parentes, a doença, a saúde, o susto, a miséria, o bem, o mal, o bom senso, o sexo, a paquera, todo sofrimento, o choro, a lágrima, o tombo, o sorriso, o agradecimento, Deus não faz sentido e nem mesmo a vida. Hoje é um daqueles dias que tudo o que eu queria é dormir e não acordar mais. Ainda bem que é só hoje um daqueles dias, amanhã volta tudo ao normal.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

De frente com o passado

Viajar para Londrina é sempre me deparar com o passado mal resolvido, aquele que quando a gente olha não gosta do que vê, aquele que a sujeira ficou toda escondida debaixo do tapete sem ninguém saber o porquê. Dessa vez não foi diferente, logo na entrada numa conversa mal entendida surgiram de novo aquilo tudo do qual eu não aguento mais pensar e muito menos falar, mas que me toca de um jeito inexplicável. O ponto chave do qual eu levei anos para me dar conta foi de que o que faltou nessa história toda foi sinceridade e muita confiança. É, aquela sinceridade de olho no olho, do jogo limpo com o sentimento dos outros, no qual, sem demagogia nenhuma, só eu tive. Só eu tive coragem de desesperadamente declarar meu amor inúmeras vezes, de me mostrar por inteiro para quem quer que fosse me julgar, de gostar de beijo na boca sem precisar me esconder, mas ser capaz de ser fiel e verdadeira quando esse beijo fosse especial. De pedir, de implorar para ser a única na vida daquele que me era querido, de dizer que ainda não estava pronta para amar de novo, de dizer que tinha medo de novas feridas. Só eu tive coragem de chorar no meio da multidão, em frente a olhos venenosos por ter sido atingida por pura maldade. Só eu tive coragem de pedir desculpas por ser um "peso", de dizer "eu não fiz isso" e precisar de outro para acusar. Só eu tive coragem de ficar em silêncio quando a vida de outros estava envolvida. Só eu fui capaz de dizer "estou com ciúmes", "fica comigo". Só eu tive coragem de viver intensamente sem pensar no que diriam, no que achariam, sem precisar me esconder por trás de máscaras. Fui a única que não precisei atacar para me defender. Paguei meu preço,tornei-me uma pessoa sem confiança, alvo de fococas, passei por alguém que provavelmente nunca teve sentimentos, que bebia e dançava enlouquecidamente que me escondia atrás de amizades inteiresseiras. Eram o que pensavam, mas não foi o que constataram. Claro que nem de tudo eu me orgulho, mas o que nunca vou me arrepender é de ter sido verdadeira em cada sorriso, em cada beijo, em cada amizade, em cada palavra e principalmente em cada lágrima. A lição que tiro de tudo isso? Nada como tempo pra mostrar que o só o que é puro e verdadeiro permanece! E de hoje em diante tenho meu passado limpo e esclarecido, nada de rancores, apenas dó daqueles que não tem coragem de fazer o mesmo!