segunda-feira, 23 de maio de 2011
A impaciência, típica do meu signo, começa bater à porta. Eu tento não ser ingrata com todas as coisas boas que me aconteceram e as oportunidades (incríveis) que tive. Mais ainda continuo pelo mundo das incertezas, novamente me encontro sem emprego, sem casa, sem saber que rumo tomar.Gostaria de todo o coração que essa fase já tivesse passado, mesmo ela tendo sido boa e ter me trazido grandes aprendizados. Hoje tudo o que eu mais queria era voltar do meu emprego (fixo), pra minha casa (fixa), com meu marido (também fixo). O cansaço junto com a impaciência bate à porta e me faz cobranças, cobranças que eu mesma volto a me fazer. Quanto tempo ainda terei que esperar pra ter algo realmente meu, e aqui digo necessariamente material. Quanto tempo ainda levarei pra me consolidar na minha carreira, construir minha família? O tempo se esvai e meus desejos se diluem, o sentimento que resta é que tudo isso ainda parece longe do meu alcance.
domingo, 8 de maio de 2011
Meu doce e amargo sertão
Hoje me despeço oficialmente do meu sertão. Foram dias que dificilmente me esquecerei. Dias de tensão, armargos e doces com um excesso de solidão. Aqui, aprendi mais do que nunca a viver e a gostar de mim mesma. Nem sempre foi fácil, houveram grandes batalhas e muitas derrotas, mas acredito, depois de tudo que presenciei e tive que enfrentar que com certeza a vitória foi minha. A experiência, as amizades, a confiança em mim como profissional ninguém mais tira. E eu não poderia querer vitória melhor. Todos aqueles monstros, agora menores, que sempre me perseguiram estão sendo extinguidos, um a um. Agora começa uma nova etapa, uma nova guerra, aquela em que vejo que sei viver sozinha mas que prefiro muito mais ter alguém pra dividi-la. Agora tenho que aprender a viver a dois. Será que consigo?
sábado, 7 de maio de 2011
Falta
Pensei que nossa relação fosse suficientemente perfeita para suportar qualquer distância, qualquer falta de tempo. Talvez eu tenha me enganado. De qualquer modo, sinto sua falta na minha vida, sinto falta de dividir minha idéias, meus sentimentos, minhas indecisões. Sinto falta de dividir a casa, a cozinha, as tarefas domésticas. Sinto falta do seu abraço, dos conselhos, das risadas, da sua imensa sabedoria. Sinto falta da chuva de verão, da limpeza de alma, dos dias de cantinho. Sinto falta da nossa cumplicidade, quando eu nem precisava usar palavras pra você saber o que se passava comigo. Sinto falta das corridas no lago, do açaí, do samba constante, da alegria que eu sentia em ter você por perto. Mas não quero fazer exigências, nem quero reclamar. Só quero dizer que você faz falta, minha companheira.
terça-feira, 3 de maio de 2011
PERDÃO
Essa é para mim uma das palavras mais misteriosas que existe. Uma palavra que não vem com uma definição clara, nem explicação e muito mesmo com um manual de instrução. O que é o perdão? Como eu consigo perdoar? Devo dar o perdão, mesmo que a pessoa não tenha pedido? E como fazer isso? Hoje essa palavra não saiu da minha cabeça, ouvi na televisão uma padre falando sobre o perdão e logo algumas situações vieram a minha mente anexando pessoas que fizeram parte dessas situações. Coisas que ainda me incomodam muito, sentimentos ainda confusos: amor, ódio, ressentimentos, mágoa, tudo misturado num caldeirão sem fundo. Algumas vezes penso que consigo perdoar, outras fico remoendo e remoendo determinadas situações, imaginando formas diferentes de ter vivido. O fato é que falta muita coisa pra perdoar, muitas pessoas, inclusive eu mesma.
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Assinar:
Postagens (Atom)