segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Essa vida é mesmo muito confusa e difícil. Parece não ser possível ter tudo que se quer. Conciliar vida amorosa, profissional , familiar e amigos ficou impossível para mim. Tenho sempre que fazer escolhas, escolher quem será o foco da vez. Antes eu não tinha tempo, dinheiro e nem vida amorosa, mas tinha meus amigos e minha família (já longe mas mais perto ). Hoje tenho um pouco mais de dinheiro, uma vida amorosa (que está mais para encontros ocasionais de dois turistas) e muito tempo, mas não tenho meus amigos por perto e a família mais longe. O que fazer portanto com tanto tempo? Se não posso aproveitar da maneira que acho que seria mais adequado? Aproveitar para fazer outras coisas? Certo. Era essa a idéia até eu perceber que não há nada mais importante do que estar com as pessoas que eu amo. Na verdade eu já deveria saber isso de cor e salteado se prestasse um pouco mais de atenção da minha história de vida. Minhas escolhas sempre foram em função de pessoas, de estar mais perto ou mais longe delas. Mas dessa vez (e pela primeira vez na minha vida) minha escolha foi baseada unicamente pensando em mim, em ninguém mais, no que poderia ser bom pra mim, de acordo com minha vida profissional já que os outros setores tinham só me trazido decepções. Pensei que eu poderia ser assim, egoísta (não acho que seja bem essa a palavra adequada, mas no momento é a que me vem), mas creio que eu estava enganada. Apesar da tranquilidade de minha decisão estou começando a repensá-la. Até que ponto isso é viável? Até quando posso aguentar essa distância que me machuca tanto? E até que ponto isso faria alguma diferença? Não sei....mas era tudo o que eu gostaria de saber.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
domingo, 12 de setembro de 2010
A escolha
O negócio é o seguinte: fiz uma escolha. Não exatamente porque ela seria mais legal, mais fácil, mais divertida. Fiz a escolha que poderia me proporcionar (a longo prazo) um pouco daquilo que sempre achei que demoraria anos e anos para conseguir. O fato (como eu já sabia) é que não está sendo nada fácil, nem um pouco diga-se de passagem. Passar horas e horas sozinha na minha única e somente presença está sendo mais complicado do que eu gostaria. Todo um sertão, com poucas árvores, poucas pessoas, muito calor e poucas coisas pra se fazer está sendo mais uma vez a minha prova. No entanto, percebi que não adianta me revoltar com tudo que não está sendo do jeito que eu gostaria. A proposta é aproveitar, aproveitar os momentos comigo mesma e me divertir...poder fazer tudo aquilo que em outro lugar eu não tinha tempo, ou melhor não tinha oportunidade. E quer saber? Tem sido ótimo os meu momentos, depois que deixei de reclamar, chorar e de pensar e pensar o porquê de estar aqui, achar que todo esse sacrifício não valeria a pena comecei a aproveitar. Aproveitar minha companhia: ler bons livros, assistir filmes, olhar para o nada e não fazer nada. Olhar o sol nascer, o sol se pôr, pensar em tudo que ainda virá, aproveitar a tranquilidade que dificilmente encontrarei em outro lugar. O amor das pessoas que amo tem ajudado, sem dúvidas. Saber que sou amada, que a qualquer momento posso voltar e que serei recebida de braços abertos não tem preço. Mas o fato é esse: estou só. O que posso fazer? Fácil. Reclamar menos e aproveitar mais dessa experiência. Tenho certeza que daqui alguns anos vou rir de tudo isso. Enquanto isso não acontece vou aprendendo. E o que é a vida se não as inúmeras oportunidades de aprendizado que ela nos oferece?
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Vivendo numa mala com o relógio de trás pra frente.
Me sinto cansada! O que antes era motivo de alegria, de entusiasmo está se tornando o meu maior pesadelo. Fazer as malas e pegar a estrada não está mais sendo divertido, é puro sofrimento! Me despedir das pessoas, e não saber onde estarei amanhã está deixando meu coração apertado, se despedaçando para ficar em cada lugar. Ter que pensar nos mínimos detalhes dos horários pra que cada trajeto se encaixe perfeitamente no próximo está sendo uma tortura, sem falar que fico contando os dias, as semanas, as horas e minutos para rever as pessoas que amo. Passar a última quinta feira de madrugada no aeroporto esperando o horário para ir a rodoviária me fez pensar no que quero hoje pra minha vida. O que eu pensava não querer está mais perto do que eu imaginava. Quero sim casar, ter uma CASA, filhos e um cachorro (ou vários). Quero minhas coisas num só local que eu posso dizer: "Essa é minha casa" e não a casa dos meus pais, da mãe do meu namorado, minha casa e de minhas amigas. Quero voltar e ter onde dormir, colocar as roupas, onde namorar com a pessoa que escolhi, sem me preocupar se alguém está chegando, que a qualquer momento alguém pode abrir a porta. Tenho medo, muito medo de casar, medo de dar errado, de me precipitar, de tentar fazer funcionar mais que a pessoa. Tenho medo, mas é o que eu quero. Penso que é isso agora que me deixará feliz!
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